Medida

Prefeitura vai fechar o Ecocamping definitivamente

Área será transformada em Unidade de Conservação até a metade do ano que vem

Carlos Queiroz -

A prefeitura de Pelotas decidiu fechar em definitivo o Ecocamping Municipal e transformar a área de sete hectares às margens da Lagoa dos Patos na primeira Unidade de Conservação do município. A ideia é que até o final do primeiro semestre de 2019 o local passe a funcionar como um parque. A informação foi confirmada pelo secretário de Qualidade Ambiental, Felipe Garcia, em reunião realizada na manhã de ontem na Câmara de Vereadores.

O encontro entre os representantes da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA) e dos usuários do Ecocamping foi marcado pelo vereador Marcos Ferreira, o Marcola (PT), para discutir, também, a preservação da orla do Balneário dos Prazeres e o uso das verbas do Fundo Municipal de Proteção e Recuperação Ambiental. “Lamentamos a decisão da prefeitura, pois acreditávamos ser possível construir uma solução mais conciliadora - na qual se pudesse manter área de camping e de preservação no mesmo espaço, mas este não é o entendimento da administração”, declarou.

Conforme as informações apresentadas por Garcia, o entendimento da prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) é de que a gestão de um camping não é atribuição do município e, a partir disso, foi solicitada a elaboração de um novo plano de uso para a área do Ecocamping. “Apresentamos um projeto de criação de uma Unidade de Conservação naquela área e a ideia é instalar ali um parque, onde a população possa interagir com o meio ambiente, mas sem área de acampamento”, disse.

O técnico em gestão ambiental da SQA, Alexandre Martins, esclarece que a criação da unidade depende de aprovação de legislação específica na Câmara e, somente após isso, será realizado um plano específico de uso do local. A expectativa é de ter o projeto pronto até meados de abril.

Desapontamento
A comitiva de representantes dos usuários do Ecocamping desaprovou a iniciativa da prefeitura e lamentou a decisão de fechar definitivamente o local. “Durante anos preservamos aquele pedaço da cidade para que todos pudessem usar e agora isso é tirado da gente, é muito triste ver isso acontecer”, comentou a cabeleireira Anteli Maciel, 31 anos, cuja família veraneava no local desde a década de 1980.
Com um abaixo-assinado contendo duas mil assinaturas favoráveis à manutenção e à reabertura do Ecocamping, os representantes dos usuários irão, agora, acompanhar o andamento do projeto de criação da unidade de conservação na Câmara, enquanto buscam formas de tentar sensibilizar a prefeita a mudar de ideia.

Relembre
O Ecocamping está fechado desde 2014, quando foi solicitado pela Fepam um licenciamento ambiental e que houvesse tratamento de esgoto do local, entre outras exigências. Em notificação da Patrulha Ambiental (Patram) na época, foi apontado também o descarte irregular de lixo.

 

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